Quem sou eu

Minha foto
Rio, Brazil
Oi, eu sou um ilustre desconhecido da mídia náutica, não dei nenhuma volta ao mundo, o máximo que já fiz foi navegar umas 400 milhas entre o Rio e Ilha Bela e arredores num Veleiro pequeno. Minha intenção é facilitar o entendimento da navegação para todo aquele que suba à bordo de qualquer embarcação. Este é o primeiro passo antes de entrar em um Curso de Navegação antes de se submeter às provas da Capitania para Habilitação de Amador. Portanto, se você quer aprender algumas coisas sobre navegação de maneira simples, ou vez por outra cambar pra bombordo em alguma tentativa de poesia: Seja Bem Vindo à Bordo!!! elmoromao@gmail.com

24/02/2011

Boias e Faróis 2

Se um objeto rente ao nível do mar para ser visível depende da altura em que você se encontra; se este objeto é alto então você poderá vê-lo mais facilmente à distância; a fórmula acima vale para o objeto “vendo” você rente ao nível do mar. Se esta teoria é verdadeira então podemos duplicar a fórmula para que cada um com sua altura veja o outro; o que ficaria assim: um objeto de altura h na distância D é visível por nós estando nossos olho a uma altura H de acordo com a soma das distâncias:. D+D


Se a distância de visualização do objeto de altura h é D=2√h
Se a distância de visualização nossa com altura do olho H é D=2√H
Então: a máxima distância que poderemos ver um objeto de altura h estando nosso olha na altura H será: D=2√H+2√h
Que é o mesmo que D=2(√H+√h)

A fórmula nos dá a exata dimensão do problema de achar alguém na água; imagine que alguém caiu na água e estamos procurando; a cabeça humana fora dágua não passa de alguns centímetros, se nosso olho está a 2 metros do nível do mar a máxima distância que podemos avistar algo tão pequeno será D= 2√2 = 2,8 milhas; ou seja se o objeto estiver a mais de 2,8 milhas de distância não conseguiremos vê-lo... percebem o quão complicado é procurar alguém na água?!!! Portanto todo cuidado é pouco!!!
Mas estamos falando de bóias e faróis, não é?! Então vem a pergunta: como saber se aquela luz piscante é mesmo o farol que procuramos? A resposta está na carta náutica e na observação da luz; vejamos então como identificamos um farol na carta.

Todo farol ou bóia luminosa aparece na carta com um símbolo que parece uma gota, ou um ponto de exclamação “gordinho” com uma estrela na parte mais fina.... puxa, eu não tenho nenhuma imagem scaneada pra inserir aqui... mas é fácil de perceber pois irão aparecer algumas designações que facilita a identificação. A identificação mais comum é o tipo de lampejo (Lp), a cor do lampejo e o ritmo do lampejo; assim podemos ver na carta algo do tipo: LP 2 (E) 10s 12m 30M; o que significa:

Luz com 2 Lampejos Encarnado (E)
De duração de 2 segundos
Com altura de 12 metros e
Alcance de 30 Milhas
Lembrando que as cores são: (B) branco; (E) encarnado; (V) verde

Os lampejos podem ter as cores de luz alternadas (Alt), neste caso aparece, por exemplo, na carta (BE) indicando uma alternação nas cores branca e vermelha (encarnado). Podem ser por ocultação (Oc) onde uma luz é encoberta por um anteparo, o que pode ocasionar o problema que falei anteriormente onde temos a impressão de que fica forte e fica fraco...

Bem, já temos bastante informação para uma orientação no mar...até a próxima!!!