Quem sou eu

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Rio, Brazil
Oi, eu sou um ilustre desconhecido da mídia náutica, não dei nenhuma volta ao mundo, o máximo que já fiz foi navegar umas 400 milhas entre o Rio e Ilha Bela e arredores num Veleiro pequeno. Minha intenção é facilitar o entendimento da navegação para todo aquele que suba à bordo de qualquer embarcação. Este é o primeiro passo antes de entrar em um Curso de Navegação antes de se submeter às provas da Capitania para Habilitação de Amador. Portanto, se você quer aprender algumas coisas sobre navegação de maneira simples, ou vez por outra cambar pra bombordo em alguma tentativa de poesia: Seja Bem Vindo à Bordo!!! elmoromao@gmail.com

25/12/2012

Um Pouco de Eletricidade - 1

Vez por outra e quase sempre algumas perguntas pipocam nas listas de discussão: Amper? Volt?
A minha engenharia do dia a dia possui alguns mili-volts, portanto elétrica e eletrônica não é minha praia, mas como também fiz curso técnico tenho alguns conhecimentos guardados dentro da "caixola" (nesta área são bem poucos) que são  suficientes para quem não é do ramo entender algumas coisas bem básicas e até calcular o consumo de um equipamento a bordo; então vamos devagar!

Sempre lembrando aos mais puristas (nada pessoal, viu?!) que isto aqui não é tratado de Engenharia!!!!

A primeira coisa que se deve ter em mente é a seguinte: baterias possuem corrente contínua, também chamada de CC, ela não vai te dar um choque se vc colocar a mão... estou falando de bateria de 12 volts... não vá colocar a mão em fonte de corrente contínua de 300 volts... bzzz!!!! $#$#$%@@!!!

conceitos:
- bateria possui 12 volts (V)
- potência de um equipamento ou uma carga qualquer é expressa em WATT (W)
- uma carga conectada numa bateria consome carga da bateria que por sua vez faz circular uma corrente que é expressa em AMPERES (A)


Colocar uma bateria em paralelo significa conectar o positivo com positivo e negativo com negativo. Bateria em paralelo mantêm sua tensão original, ou seja: permanecem os 12 volts, mas a corrente que uma bateria fornece será somada a da outra betria, explicando: imagine 2 baterias de 12V onde uma delas pode fornecer num dado momento 7 amperes e a outra 5A. ao ser posta em paralelo a tensão continuará em 12V porém a corrente que o conjunto fornecerá será de 12A. Observe que se você colocar uma carga, um rádio VHF ou qualquer outra coisa, haverá consumo nas 2 baterias.

ATENÇÃO: Se vc está numa situação de emergência onde a corrente que a bateria fornece é insuficente (pra virar um motor por exemplo) pode-se colocar várias baterias em paralelo para somar a amperagem; por outro lado o paralelismo irá distribuir a carga para equalizar o conjunto, ou seja: a bateria com mais carga irá fornecer carga para a menos carregada; é o mesmo princípio da "chupeta" utilizada nos carros.

Por outro lado a instalação em série (positivo de uma no negativo da outra) irá somar a tensão; 2 baterias em série darão 24V. o desenho abaixo dá uma idéia que resume a questão paralelo/série.


  
Meu amigo de lista (acho que foi o Assis ou Julio) postou uma figura que orienta o uso do esquema paralelo, pena que não tenho aqui, mas cato um da WEB: lá diz que é melhor usar o borne positivo da primeira bateria com o borne negativo da última bateria, assim elas descarregam por igual, pois no esquema da figura acima a primeira bateria sempre terá mais descarga que as outras. Veja o desenho ao lado.
Ou seja: use o borne positivo da primeira bateria com o borne negativo da última bateria.Este esquema me foi enviado pelo meu amigo de lista Assis do Craca-aToa



Baterias possuem tensão em Volt (V) e fornecem uma dada amperagem (A) que será utilizada por um equipamento. Cada equipamento irá consumir mais ou menos corrente, de acordo com a potência deste equipamento, explicando: se o seu equipamento não tem mais a etiqueta de especificação mas você conhece, ou já mediu seu consumo, vc poderá saber a potência deste equipamento fazendo uma conta simples.... potência= tensão vezes a corrente...

Melhorando um pouco mais pra não errar nas unidades:
Potência= corrente (em Amper) vezes a tensão (em Volt)

Se seu equipamento consome 2 amperes a potência dele será:
12 X 2 = 24 Watt
então potência é igual à multiplicação da tensão (12V no caso)  pela corrente em amper.

Essa conta simples resolve um problema simples, veja só: vc quer comprar um novo equipamento mas não sabe se o seu painel de fusíveis vai aguentar... vc sabe que seu painel de fusíveis aguenta somente 4 amperes e o seu novo equipamento possui 60 W, pergunta-se: dá pra ligar no painel ou teremos um Bzzz!!!@#@#$%@@!@ com cheiro de amper?!!!
simples de resolver, vejamos: P=V.A
então se eqto possui 60W significa que a corrente (aos Engenheiros de plantão: podemos usar o símbolo "I" pra definir a corrente no lugar do símbolo "A") multiplicada por 12 dão 60, veja aqui:
60=12 X A :. então A=5 amperes
o teu painel não vai suportar
vc poderá ver a fórmula grafada assim também: P=V.I, ou ainda trocando o símbolo "V" pela letra "E" que fica assim: P=E.I

Se potência é igual à multiplicação da tensão pela corrente, a corrente é o resultado inverso: potência dividida pela tensão. Simples não?!!
Essa é a idéia!!!
Depois vamos entender um pouco mais das características da carga pra poder entender um pouco mais de bateria e aí saber dimensionar a bitola do fio que vai suportar o teu equipamento... pois do contrário o fio...Bzzz!!!#@#$#%
kkkkkk!!!! (isso nem é hora de rir...rsrsrs!)
Abraço Grande!!!!! e Bom Natal
sem curto-circuito!!! rs!


















          

24/11/2012

corrente da Agulha - Freak Waves

Galera a gente aprende muitas coisas estudando materiais que os Amigos do Mar postam, com os materiais da Capitania e por aí vai, mas este video longo em HD (45 minutos) mostra o quão pode ser poderosa a força da natureza!!!

no minuto 31 do vídeo se fala sobre o cabo da boa esperança (cabo das tormentas) e os fenômenos que ocorrem por lá: a força do vento em uma determinada direção e a corrente de mais de 8M ao longo da costa transforma o mar nas freak waves de mais de 30 metros

muito instrutiva a descrição de "como" eles descobriram a corrente e seus efeitos,
vejam aqui: http://www.youtube.com/watch?v=bA1eD1BpRSw&feature=g-vrec

Abraço Grande!!!
Elmo
Veleiro Araken-RJ

08/10/2012

respostas do teste RIPEAM

Aí galera!
seguem as respostas do teste, espero que todos tenham acertado...rsrs!
RESPOSTAS


RIPEAM

1)Qual a finalidade do RIPEAM?

b) evitar o abalroamento no mar, utilizando-se regras internacionais de
   navegação, luzes e marcas e ainda sinais sonoros


2) Na situação de "roda a roda" ou seja ____________ as embarcações deverão
   manobrar de seguinte forma:

a) proa com proa, as duas guinam para boreste


3)Na situação de rumos cruzados, quem tem proferência de passagem?

d) a que avistar a outra pelo seu bombordo, isto é, a que vê a luz verde


4) Uma embarcação alcançando a outra tem preferência de passagem, ou não, e
   como deve se proceder tal manobra?

c) não, a que está com maior velocidade, alcançadora, deverá manobrar para
   passar pela outra, à frente


5) Um veleiro e uma lancha vinham navegando em rumos cruzados, tendo preferência de passagem, o
   veleiro não manobrou e esperou que a lancha guinasse, enquanto se aproximava rapidamente dela.
   Houve uma colisão das duas embarcações. Podemos concluir que:

d) apesar da lancha ter errado por não manobrar, para evitar o acidente, o veleiro não pode ser
   isentado de culpa pois, a embarcação que tem preferência deverá manobrar para evitar a colisão,
   caso a outra, obrigada a manobrar, não o faça.


6) Toda manobra deverá ser feita de que forma?

a) franca e positiva, feita com ampla antecedência, demonstrando à outra embarcação, que houve
   alteração de movimento


7) No rio onde duas lanchas de esporte e recreio navegam em rumos opostos como deverá ser a manobra e
   quem tem preferência?

c) a que vem a favor da corrente deverá se posicionar no meio do rio e a outra na sua margem de boreste,
   sendo que a que vem a favor da corrente tem preferência


8) Em canais estreitor as embarcoções devem:

b) navegar pela margem mais próxima a seu boreste e sempre manobrar para boreste quando verificar
   o risco de colisão


9) Num canal ou rio, principalmente estreitos, a embarcação maior tem em relação à embarcação miúda:

a) preferência


10) O que vem a ser velocidade de segurança e o que devemos fazer quando cruzamos com outra
    embarcações atracadas ou fundeadas ou mesmo localidades às margens dos rios e canais?

c) é a velocidade que possibilita uma ação apropriada e eficaz de evitar uma colisão e de parar a
   embarcação a uma distância segura: devemos diminuir a velocidade


11) Com relação a prefeência de manobra, uma embarcação à vela deverá manter-se fora do caminho de
    todas as listadas abaixo, exceto:

b) uma embarcação a motor


12) As luzes de navegação mais comuns, em embarcação de esporte e recreio são:

c) uma luz branca a vante, uma luz de alcançado branca, luzes verde e encarnada (vermelha), combinadas


13) Os sinais sonoros que podem ser emitidos por apitos, buzinas ou ainda sinos, são utilizados em três
    situações:

c) manobra, advertência e em baixa vlisibilidade


14) Um apito curto significa:

b) estou guinando para boreste


15) Dois apitos curtos significam:

c) estou guinando para bombordo


16) Três apitos curtos significam:

a) estou dando atrás


17) Dois apitos longos seguidos de dois curtos significam:

c) estou ultrapassando por bombordo



18) Dois apitos longos seguidos de um curto significam:

b) estou ultrapassando por boreste


19) Cinco apitos curtos ou mais significam:

d) não entendi suas intenções de manobra


20) Um apito longo de dois em dois minituos significa:

a) embarcação a motor em movimento, com visibilidade restrita


21) Dois apitos longos de dois em dosi minutos significam:

c) embarcação parada em visibilidade restrita


22) Uma embarcação sem governo tem preferência em relação à:

d) todas as embarcações citadas


23) Uma embarcação à vela tem preferência em relação à:

d) uma embarcação sem governo


24) Embarcação com uma luz branca onde melhor possa ser vista:

a) está fundeada


25) Embarcação com reboque de menos de 200 metros de comprimento deverá exibir:

b) duas luzes brancas no mastro


26) Embarcação com reboque de mais de 200 metros de comprimento deve exibir:

c) três luzes brancas no mastro


27) Se eu avistar uma embarcação de grande porte, à noite, exibindo uma luz encarnada (vermelha) no alto
    do mastro, devo tomar mais cuidado com qualquer possibilidade de aproximação pois:

c) ela carrega cargas perigosas


28) Se durante o dia eu avistar uma embarcação com um balão preto no mastro, ela deverá estar:

d) fundeada


29) Em curvas de rios ou canais estreitos, onde a visibilidade é prejudicada, eu posso dar:

a) um apito longo para chamar atenção


30) O apito curto tem duração de:

d) aproximadamente 1 segundo


31) O apito longo tem a duração de:

b) 4 a 6 segundos


32) A forma mais correta de cruzar com outra embarcação vindo em sentido contrário é:

c) bombordo com bombordo


33) As situações abaixo são as em que eu utilizo as luzes de navegação, com exceção de uma:

b) com embarcação atracada no cais


34) Na ausência de apito, a embarcação poderá utilizar:

a) buzina ou sino para sinalizar as suas intensões


35) Embarcações de esporte e recreio, sem propulsão a motor, com menos de 5 metros de comprimento estão:

a) dispensadas de usar buzina ou outro dispositivo que a substitua


36) São sinais de perigo, exceto:

d) um balão preto içado no mastro principal ou onde melhor possa ser visto


37) Uma luz intermitente amarela cruzando o canal, à noite, poderá ser:

b) uma embarcação desenvolvendo grande velocidade ao navegar


38) Uma embarcação de esporte e recreio deverá evitar cruzar uma via de tráfego, tanto quanto possível,
    porém, se for necessário tal manobra, deverá fazer:

c) de forma a cruzar perpendicularmente a via de tráfego


39) As luzes de bordos, de mastro e de alcançado são:

d) setorizadas para melhor identificar o movimento da embarcação, à noite


40) O holofote pode ser utilizado:

b) em rios estreitos para, à noite, iluminar curvas

09/09/2012

Oi
Falamos outro dia sobre as regras para evitar abalroamento, então que tal um teste?
este teste foi retirado da prova de 96 pra Arrais, veja como está teu feeling... e teu conhecimento..rsrs!


RIPEAM - 40 questões

Marque com um X a resposta correta


1)Qual a finalidade do RIPEAM?

a) regulamentar as manobras, luzes de navegação e de condições especiais, em
águas de
   jurisdição nacional
b) evitar o abalroamento no mar, utilizando-se regras internacionais de
navegação, luzes e
   marcas e ainda sinais sonoros
c) evitar o abalroamento em águas nacionais através de regras de governo e
navegação, luzes,
   marcas e sinais sonoros
d) evitar a colisão em mar aberto, em águas internacionais, através de regras
de governo, luzes,
   marcas e sinais sonoros


2) Na situação de "roda a roda" ou seja ____________ as embarcações deverão
manobrar de seguinte forma:

a) proa com proa, as duas guinam para boreste
b) rumos cruzados, as duas guinam para boreste
c) rumos cruzados, as duas guinam para bordos opostos
d) proa com proa, as duas guinam para os bosdos opostos


3)Na situação de rumos cruzados, quem tem proferência de passagem?

a) nenhuma delas, as duas guinam para os bordos opstos
b) a que está com maior velocidade
c) a que tem maior tonelagem, ou seja, maior porte(tamanho)
d) a que avistar a outra pelo seu bombordo, isto é, a que vê a luz verde


4) Uma embarcação alcançando a outra tem preferência de passagem, ou não, e
como deve se proceder tal
   manobra?

a) não, a que está com menor velocidade, a frente da outra, deverá manobrar
para dar passagem a
   que está alcançando
b) sim, a que está com menor velocidade, a frente da outra, deverá manobrar
para dar passagem a
   que está alcançando
c) não, a que está com maior velocidade, alcançadora, deverá manobrar para
passar pela outra, à
   frente
d) sim, a que está com maior velocidade, alcançadora, deverá manobrar para
passar pela outra, à
   frente


5) Um veleiro e uma lancha vinham navegando em rumos cruzados, tendo
preferência de passagem, o
   veleiro não manobrou e esperou que a lancha guinasse, enquanto se aproximava
rapidamente dela.
   Houve uma colisão das duas embarcações. Podemos concluir que:

a) o veleiro estava certo e portanto não teve culpa nenhuma no acidente,
cabendo total
   responsabilidade a lancha
b) a lancha estava errada e portanto deveria ter manobrado com antecedência,
porém o veleiro deve
   se manter longe de outras embarcações a motor, o que dificultou a análise da
culpa
c) as duas deveriam ter guinado para bordos opostos conforme manda a regra, no
caso previsto,
   independente da preferência de passagem em função do tipo de operção ou de
embarcação
d) apesar da lancha ter errado por não manobrar, para evitar o acidente, o
veleiro não pode ser
   isentado de culpa pois, a embarcação que tem preferência deverá manobrar
para evitar a colisão,
   caso a outra, obrigada a manobrar, não o faça.


6) Toda manobra deverá ser feita de que forma?

a) franca e positiva, feita com ampla antecedência, demonstrando à outra
embarcação, que houve
   alteração de movimento
b) gradual e com pouca alteração de velocidade, para se evitar confisão no
acompanhamento da
   outra embarcação
c) brusca e com variações constantes de velocidade, para que a outra embarcação
perceba a alteração
   do rumo
d) lenta e com pequenos ângulos de leme, para que não haja confusão na
interpretação dos movimentos
   pela outra embarcação


7) No rio onde duas lanchas de esporte e recreio navegam em rumos opostos como
deverá ser a manobra e
   quem tem preferência?

a) a que vem a favor da corrente deverá se posicionar no meio do rio e a outra
na sua margem direita,
   sendo que a que vem a favor da corrente tem preferência
b) a que vem contra a corrente deverá se posiconar no meio do rio e a outra na
sua margem direita, sendo
   que a que vem contra a corrente tem preferência
c) a que vem a favor da corrente deverá se posicionar no meio do rio e a outra
na sua margem de boreste,
   sendo que a que vem a favor da corrente tem preferência
d) a que vem contra a corrente deverá se posicionar na margem de bombordo mais
próxima, e a outra no meio
   do rio, não havendo preferência de manobra entre elas


8) Em canais estreitor as embarcoções devem:

a) navegar pela margem mais próxima a seu bombordo e sempre manobrar para
boreste quando
   verificar o risco de colisão
b) navegar pela margem mais próxima a seu boreste e sempre manobrar para
boreste quando verificar
   o risco de colisão
c) navegar pela margem mais próxima a seu bombordo e sempre manobrar para
bombordo quando
   verificar o risco de colisão
d) navegar pela margem mais próxima a seu boreste e sempre manobrar para
bombordo quando
   verificar o risco de colisão


9) Num canal ou rio, principalmente estreitos, a embarcação maior tem em
relação à embarcação miúda:

a) preferência
b) que manobrar
c) deixar o seu boreste livre para a outra
d) manter seu rumo e velocidade independente da situação da outra


10) O que vem a ser velocidade de segurança e o que devemos fazer quando
cruzamos com outra
    embarcações atracadas ou fundeadas ou mesmo localidades às margens dos rios
e canais?

a) é a velocidade máxima permitida em uma determinada região de tráfego:
devemos manter a
   velocidade para evitar variações da corrente de esteira da embarcação
b) é a velocidade mínima para se parar a embarcação com segurança: devemos
diminuir a velocidade
c) é a velocidade que possibilita uma ação apropriada e eficaz de evitar uma
colisão e de parar a
   embarcação a uma distância segura: devemos diminuir a velocidade
d) é a velocidade ideal de cruzeiro da embarcação para condições que exijam
maiores cuidados na
   navegação, como em baixa visibilidade: devemos diminuir a velocidade


11) Com relação a prefeência de manobra, uma embarcação à vela deverá manter-se
fora do caminho de
    todas as listadas abaixo, exceto:

a) uma embarcação engajada na pesca
b) uma embarcação a motor
c) uma embarcação com capacidade de manobra restrita
d) uma embarcação sem governo


12) As luzes de navegação mais comuns, em embarcação de esporte e recreio são:

a) uma luz branca no mastro a vante, uma luz branca no mastro de ré, mais alta
que a de vante, uma luz de
   alcançado a ré, branca, luzes, verde a boreste e encarnada (vermelha) as
bombordo
b) uma luz branca a vante, uma luz branca a ré, luzes verde a boreste e
encarnada (vermelha) a bombordo
c) uma luz branca a vante, uma luz de alcançado branca, luzes verde e encarnada
(vermelha), combinadas
d) uma luz branca a vante, uma luz branca a ré, uma luz de alcançado branca,
luzes verde e encarnada
   (vermalha), combinadas


13) Os sinais sonoros que podem ser emitidos por apitos, buzinas ou ainda
sinos, são utilizados em três
    situações:

a) manobra, advertência e risco de colisão
b) manobra, risco de colisão e em canais estreitos
c) manobra, advertência e em baixa vlisibilidade
d) manobra, risco de colisão e em baixa visibilidade


14) Um apito curto significa:

a) estou dando trás
b) estou guinando para boreste
c) estou guinando para bombordo
d) estou parando máquinas

15) Dois apitos curtos significam:

a) estou dando atrás
b) estou guinando para boreste
c) estou guinando para bombordo
d) estou parando máquinas


16) Três apitos curtos significam:

a) estou dando atrás
b) estou guinando para boreste
c) estou guinando para bombordo
d) estou parando máquinas


17) Dois apitos longos seguidos de dois curtos significam:

a) estou dando atrás
b) estou ultrapassando por boreste
c) estou ultrapassando por bombordo
d) estou parando máquinas


18) Dois apitos longos seguidos de um curto significam:

a) estou dando atrás
b) estou ultrapassando por boreste
c) estou ultrapassando por bombordo
d) estou parando máquinas


19) Cinco apitos curtos ou mais significam:

a) estou dando atrás
b) estou parando máquinas
c) embarcação fundeada em visibilidade restrita
d) não entendi suas intenções de manobra


20) Um apito longo de dois em dois minituos significa:

a) embarcação a motor em movimento, com visibilidade restrita
b) embarcação fundeada, em visibilidade restrita
c) embarcação parada, em visibilidade restrita
d) embarcação rebocando outra


21) Dois apitos longos de dois em dosi minutos significam:

a) embarcação a motor em movimewnto, com visibilidade restrita
b) embarcação fundeada em visibilidade restrita
c) embarcação parada em visibilidade restrita
d) embarcação rebocando


22) Uma embarcação sem governo tem preferência em relação à:

a) uma embarcação a vela
b) uma embarcação com capacidade de manobra restrita
c) uma embarcação engajada na pesca
d) todas as embarcações citadas


23) Uma embarcação à vela tem preferência em relação à:

a) uma embarcação a motor
b) uma embarcação com capacidade de manobra restrita
c) uma embarcação engajada na pesca
d) uma embarcação sem governo


24) Embarcação com uma luz branca onde melhor possa ser vista:

a) está fundeada
b) está sem governo
c) está com carga perigosa
d) esta navegando


25) Embarcação com reboque de menos de 200 metros de comprimento deverá exibir:

a) uma luz branca no mastro
b) duas luzes brancas no mastro
c) três luzes brancas no mastro
d) quatro luzes brancas no mastro


26) Embarcação com reboque de mais de 200 metros de comprimento deve exibir:

a) uma luz branca no mastro
b) duas luzes brancas no mastro
c) três luzes brancas no mastro
d) quatro luzes brancas no mastro


27) Se eu avistar uma embarcação de grande porte, à noite, exibindo uma luz
encarnada (vermelha) no alto
    do mastro, devo tomar mais cuidado com qualquer possibilidade de
aproximação pois:

a) ela está fundeada
b) ela está sem governo
c) ela carrega cargas perigosas
d) ela tem preferência pois está com capacidade de manobra restrita


28) Se durante o dia eu avistar uma embarcação com um balão preto no mastro,
ela deverá estar:

a) engajada na pesca de arrasto
b) sem governo
c) pairando sob máquinas
d) fundeada


29) Em curvas de rios ou canais estreitos, onde a visibilidade é prejudicada,
eu posso dar:

a) um apito longo para chamar atenção
b) dois apitos curtos para chamar atenção
c) um apito longo seguido de um apito curto para indicar que vou fazer a curva
d) dois apitos longos para indicar que vou fazer a curva


30) O apito curto tem duração de:

a) 2 segundos
b) 4 a 6 segundos
c) 1 minuto
d) aproximadamente 1 segundo


31) O apito longo tem a duração de:

a) 2 segundos
b) 4 a 6 segundos
c) 1 minuto
d) aproximadamente 1 segundo


32) A forma mais correta de cruzar com outra embarcação vindo em sentido
contrário é:

a) boreste com boreste
b) boreste com bombordo
c) bombordo com bombordo
d) cortando a sua proa


33) As situações abaixo são as em que eu utilizo as luzes de navegação, com
exceção de uma:

a) à noite
b) com embarcação atracada no cais
c) em visibilidade restrita
d) quando for necessário


34) Na ausência de apito, a embarcação poderá utilizar:

a) buzina ou sino para sinalizar as suas intensões
b) um gongo para manobrar à noite
c) um holofote durante o tráfego em canal balizado
d) uma série de foguetes pirotécnicos lançados seqüêncialmente


35) Embarcações de esporte e recreio, sem propulsão a motor, com menos de 5
metros de comprimento estão:

a) dispensadas de usar buzina ou outro dispositivo que a substitua
b) obrigadas a ter pelo menos as luzes de bordos
c) dispensadas de exibir luzes a noite
d) obrigadas a exibir uma luz branca circular à noite


36) São sinais de perigo, exceto:

a) um toque contínuo de qualquer aparelho de sinalização de cerração
b) um sinal de fumaça de cor alaranjada
c) foguetes lançando estrelas encarnadas
d) um balão preto içado no mastro principal ou onde melhor possa ser visto


37) Uma luz intermitente amarela cruzando o canal, à noite, poderá ser:

a) a lancha da Capitania dos Portos fazendo polícia naval
b) uma embarcação desenvolvendo grande velocidade ao navegar
c) uma embarcação dos serviços de praticagem do porto
d) um rebocador do porto se dirigindo para a manobra


38) Uma embarcação de esporte e recreio deverá evitar cruzar uma via de
tráfego, tanto quanto possível,
    porém, se for necessário tal manobra, deverá fazer:

a) sempre com a proa voltada para a sinalização de boreste
b) sempre em baixa velocidade e apitando
c) de forma a cruzar perpendicularmente a via de tráfego
d) sempre fazendo alterações constantes de direção


39) As luzes de bordos, de mastro e de alcançado são:

a) circulares
b) circulares brancas
c) de acordo com o tipo de embarcação
d) setorizadas para melhor identificar o movimento da embarcação, à noite


40) O holofote pode ser utilizado:

a) em canais de tráfego intenso, para evitar colisão, à noite
b) em rios estreitos para, à noite, iluminar curvas
c) para sinalizar que a embarcação encontra-se em perigo
d) para se navegar no porto quando estiver com visibilidade restrita

01/09/2012

Camba pra Bombordo



O mar???
Conheci quando era pequeno, foi meu pai quem me mostrou;
Eu era pequeno e as ondas GRANDES;
Meu pai me dizia: as ondas, elas vem e vão, às vezes elas te levam, às vezes elas te trazem, é preciso conhecê-las e não brigar com elas!
Meu pai me disse: é preciso saber boiar, mais do que saber nadar, porque não é com músculos que nos fazemos em terra, e sim com os olhos...
Sem saber, talvez, ele me mostrou o saber olhar, esse olhar nosso na marcação do rumo, sabendo pra onde vamos, mesmo que, às vezes nos empurram no rumo diferente daquele que queremos; são coisas do mar, são coisas do vento.

Meu pai me ensinou o mar.
De vento? aprendi sozinho e ainda aprendo... às vezes até me assusto!!! Acho que me assusto mais do que aprendo, às vezes me estresso, e me arrependo...
Pro mar levei meus filhos e disse: é preciso saber boiar, mais do que saber nadar, porque não é com músculos que nos fazemos em terra, e sim com os olhos...
Repeti meu pai, porque era meu pai e porque o mar se repete, às vezes.

O mar? acho que não conheci quando era pequeno, porque aprendi com meu pai, o mar é o mar e a lua,
enamoradamente nua, brilhante de sol; o mar é de lua... muda
Silenciosamente, muda, silente... só brilha.. o som?
o som é só do mar!!! mas a lua muda, muda o mar....

De mar é preciso saber chegar, se aconchegar, se afagar em marulhos e deixar...
deixar de ir pra lá e ir por aqui, às vezes até desistir, porque de lua e vento nos quer deixar nu de velas na tormenta...

De mar é preciso saber deixar,
se sentir pequeno,
se sentir largar,
se sentir no vento,
se sentir no mar!!!

Feliz MAR, amar, marejar e até marear!!!

06/06/2012

RIPEAM Animado!

Hoje é bem rapidinho.... RIPEAM animado pra você não desanimar na guinada quando nos rumos cruzados e ultrapassagens!!!

segue um link da Marinha Brasileira sobre o RIPEAM
é bem básico, mas com tantos acidentes bestas que ocorrem por aí é de se pensar que tem muita gente boa que não sabe...
é incrível imaginar como num mar tão grande algumas pessoas mantêm seus rumos a ponto de abalroar outros...

ou é coisa de doido ou arrogância... desculpem: mas é de uma imbecilidade TOTAL

Lembrando: se você vê algum barco pelo SEU boreste a preferência é dele!!!!!
portanto: MANOBRE de forma clara e franca!!!!
 
vejam aqui: http://www.mar.mil.br/5dn/flash/navegue.htm

Abraço Grande e Boas Navegadas!!!

12/05/2012

Cambando pra Bombordo: Água!

É como eu já disse antes: às vezes é preciso cambar pra Bombordo! 
Faz bem pra alma, exercita o espírito e, como é bombordo, massageia o coração que é do lado esquerdo... se fosse Boreste seria o lado direito.

Acho que todo navegador sempre "Camba pra Bombordo", do contrário seria pedestre, não há como estar no mar sem sentir alguma coisa do lado esquerdo, mesmo que seja medo de não continuar a boiar; no fundo são coisas de quem está no mar, coisas de Barco, coisas de quem está na água.
No fundo a verdade é uma só: viemos da água, vivemos da água e, como somos feitos de água, voltaremos pra ela, mesmo que alguns digam que voltaremos ao pó! 

Como de se ainda me lembro quando mãe cantava e o som parecia tênue, quase uma penumbra de translúcido destorcido pela água? Como PÓde voltar ao PÓ se da água viemos? Você lembra?

Você lembra daquela água quentinha que não fazia barulho porque era impossível algum ar estar ali?
Você sabe que aquela água, aminiótico líquido, era só pra nos acalentar e materializar em nós a força de vencermos uma inércia nos nossos próprios movimentos de se expandir, se espreguiçar de preguiça num esticar de braços e pernas, quase um querendo sair... você lembra? Era tudo água pra deixar brando os movimentos, brando o som, branda a claridade e inerte os nossos pulmões. Era tudo água, e foi ela quem primeiro veio ao mundo. No teu nascer foi a água quem primeiro viu o oxigênio do mundo, depois, te chamando pra fora te inundou de ar! Oxigênio e alma aproveitaram pra te dar nome e sobrenome, nascemos num grito! Talvez fossem 2 gritos: um de alegria e outro de espanto! Foi a água quem te trouxe ao mundo!

Agora, nessa alma irrequieta, busca de novo o teu elemento vital: água de quem fui, pra água voltarei!
Você lembra? Géia, agora me vou, porque Cronos somos todos nós e tu és nossa Deusa, posto que o planetinha azul é todo Água!

Pra todas as Géias o meu braço tão amplo quanto o meu abraço!
Pra todas as Géias, mães que são, toda a água salgada que escorre dos meus olhos na tentativa de te devolver uma gota da qual nos criaste. 
Parabéns Mãe minha, a tua, e que um dia na água salgada dos mares, ou aquela tão doce filtrada na pedra, possamos lembrar das cantigas que nos ensinaram a boiar mesmo sem ter tido, ainda,  nome.
Parabéns Géia, Mãe minha, tua, e de todos nós!!!

Abraço Grande!!!
Elmo

10/05/2012

Medindo Ângulos - quem não tem cão caça como gato

Como diz o ditado: "Quem não tem cão, caça como gato", ou seja: se vira com o que tem!
É bastante comum alguns Comandantes não terem Sextante a bordo, só aqueles que efetivamente se vão por esses, e aqueles, mares afora; eu não tenho, afinal desembolsar uns 5 mil Reais não é investimento pra quem quer somente treinar numa viagem do Rio pra Angra, mas mesmo numa viagem curta desta é interessante ir plotando as marcações fazendo uma navegação estimada.. algo do tipo:
1- De onde estou navegando vejo 2 ilhas que fazem um ângulo de 30 graus com o meu barco, ou
2-  Avisto um farol que na carta náutica possui 10 metros de altura, na distância esta altura aparece com uma angulação de 10 graus em relação ao nível do mar
Como fazer isto sem um Sextante?
Há algum tempo eu vi um filme, baseado em fatos reais, de um piloto de um monomotor que teve seu equipamento de navegação avariado quando ele fazia uma navegação noturna sobre o mar, o único contato externo que ele dispunha era um VHF, cujo alcançe é limitado (tipicamente 20 milhas). Ao amanhecer ele conseguiu contato com um avião de carreira que teoricamente estava também na mesma área em que ele, mas o contato visual era impossível.

Na conversa entre os 2 pilotos o Comandante da avião de carreira disse que iria largar uma fumaça de forma que o monomotor pudesse ver e aí seguiria o avião até o aeroporto. A tentativa foi em vão, os 2 aviões estavam muito distante um do outro, mas ambos não sabiam disso, o comandante do avião de carreira, macaco velho, disse ao monomotor que ia baixar de altitude e fazer um enorme traço de fumaça no sentido norte-sul; de nada adiantou, eles não se viam; o comandante do avião de carreira resolve participar aos passageiros que iria arasar a chegada ao aeroporto, pois havia uma emergência e ele era o único elo entre a vida e a morte daquele piloto no monomotor, então ele faz mais outra tentativa de jogar fumaça no ar combinando que ambos os aviões deveriam se dirigir pra leste e baixar mais ainda a altitude, o que fazia com que o combustível fosse acabando além da conta que o J.Carlos (meu amigo Engenheiro de Vôo) calculara; ambos estavam no limite.

A situação fica quase insustentável na tentativa de orientar o piloto do monomotor até o comandante do avião de carreira se dá conta de um detalhe: o monomotor pode não estar me vendo porque está na minha frente, então pra ter certeza ele pede ao piloto do monomotor pra dizer qual é o ângulo em que ele vô o sol, e aí descobre que o monomotor está vendo o sol num ângulo menor que o avião de carreira. Como ele fez isso? 
Com a mão!!!

Usando somente as mão e os braços esticados podemos medir ângulos e ter uma idéia bem grosseira de onde estamos, mesmo que você seja alto ou baixo o corpo humano mantém uma proporção entre o tamanho da mão e o comprimento do braço.

Basta esticar o braço e medir o ângulo usando os dedos, ou o punho; por exemplo:
o símbolo dos metaleiros que é feito dom a mão fechada e somente o dedo indicador e o mínimo aberto mede 15 graus. veja a figura que ajuda bastante... 


Da próxima vez que for navegar use este método pra tua navegação estimada, além de fazer um sucesso danado entre a tripulação é a alternativa pra quem não tem cão... caça COMO gato, ou seja, com a mão!!!! rsrsrsrsrs!!!
Abraço Grande!!!         

17/04/2012

Onde é o Norte? Método do Relógio

Quem não gosta de desenhar círculos no chão poderá usar o método do relógio, mais simples, consiste em você alinhar a marcação do número 12 do relógio com a direção do sol; feito isto determine a bissetriz entre o número 12 do relógio e o ponteiro das horas. No desenho abaixo o sol está representado por um poste exemplificando a marcação.


   Até com as mãos visualizando mentalmente um relógio é possível estimar a posição, o desenho em si já esclarece tudo.
Pra relembrar: bissetriz é uma reta que divide o ângulo em 2 partes iguais.
Ah: tomara que você nunca precise destas dicas!!!!!
Abraço Grande!!!
ps: estas dicas fazem partes do material de Sobrevivência em Balsa Salva Vidas (cap.42), vou colocar mais dicas aqui

16/04/2012

Onde é o Norte???

Por estes dias eu fui fazer um programa diferente de velejar, fui fazer uma caminhada no Pico da Tijuca pra relembrar os idos tempos de Montanhista. Estava acompanhado de uma trupe de pequeninos e outros não tão pequenos assim, já beirando a adolescência, e outros já bem idos dela, no caso: pais e mães. Aproveitando a minha capacidade de transmitir informação fui passeando o olhar pelo mato em busca de bichos os mais diversos, mostrei pra trupe um bando (devia ter uns 8 ou 10) de quatis, foi uma diversão ver os olhinhos brilhando de ver bicho tão bonito e tão perto solto na natureza. Gosto de fazer isso quando estou na mata, até por motivo de segurança, mais nossa do que deles (os bichos no caso!rsrs). Um gafanhoto aqui, um pica-pau ali, uma perereca do tamanho de uma unha, uma teia de aranha enorme e a conversa dos pais sobre se perder na mata... nada disso aqui não tem como se perder, a trilha é bem clara, visível, basta se manter nela, na dúvida olhe a paisagem em volta e vá pro sul, pro mar. Pronto! Instalou-se o pânico: e onde é o sul???

Quando estamos no mar isso fica fácil, sempre se tem uma bússola cravada no painel de navegação, e eu não tinha levado a minha alidade de mão (é um tipo de bússola que serve pra marcar a direção de objetos, no linguajar náutico: fazer Marcação). Se fossem 6 da matina seria fácil achar a direção mais à  leste (onde nasce o sol), mas às 10 ou 11 horas como fazer?


Existe o método da vareta, mas tens que esperar umas 3 horas pra definir os pontos cardeais, tem também o método do relógio que mais direto mas você precisa ter um relógio de ponteiro, ou desenhar um. o método da vareta é vem simples, vejamos como funciona:


Crave no chão, bem na vertical, uma vareta o mais reta possível de uns 50 centrímetros. esta vareta vai projetar uma sombra no chão; usando um barbante, ou outra vareta desenhe um círculo partindo da vareta cravada até a ponta da sombra. Vai ficar assim: uma vareta cravada na vertical no meio do círculo cuja sombra toca a linha do círculo que você desenhou. Na ponta da sombra marque o ponto onde a sombra toca o círculo, vamos chamar de ponto "A", você vai precisar deste ponto depois de umas 3 horas. 


À medida que as horas passam, o sol se desloca e a sombra também, vai chegar um momento em que a sombra terá se deslocado no círculo a um ponto distante do primeiro ponto que você marcou (o ponto "A"). Marque agora este novo ponto (ponto "B") de tal forma que tenha uma distância considerável entre o ponto "A" e "B". Trace uma linha ligando "A" e "B". No meio da linha AB marque outro ponto (ponto "C"). Pronto! Já tens condição de saber as direçoes, vejamos como: do ponto "C" até a vareta cravada no chão teremos a direção NORTE-SUL. O ponto "A" é o Oeste, o ponto "B" o leste. O ponto "C" é o sul.
Veja este desenho bem tosco aqui... 


Lembrando 2 coisas importantes: 
1- se você estiver no Canadá ou em qualquer lugar do hemisfério norte, a linha norte-sul estará invertida!!!! Pois o sol transita entre um hemisfério e outro de acordo com as estações do ano.
2- Este método é o desespero, portanto há erro de alguns graus, portanto esteja sempre equipado com as ferramentas adequadas ao esporte que você vai fazer, segurança acima de TUDO!!!!


Bem, tem também o método do relógio, mas vamos vê-lo no próximo artigo!


Abraço Grande!!!
e boas caminhadas!!! afinal não dá pra desenhar um círculo na água....rsrsrs!!!


01/03/2012

Vela 3

Bem, já sabemos que a vela se comporta feito uma asa de avião na vertical, já vimos também se o barco ficar na linha exata do vento a vela paneja (balança pra todos os lados), já vimos que a depender da direção do vento e de onde queremos chegar devemos fazer um zig zag porque senão a vela vai panejar se decidirmos ir direto contra o vento.... já vimos bastante coisas, mas agora vem a parte mais difícil, a pergunta que não quer calar: mas como eu faço isto? como faço o barco andar?

Ihh... acho que vou sair de fininho.... kakakakaka!!! como é que eu vou explicar isso aqui traduzido em texto? Vamos lá, vou tentar... vou colocar um passo a passo...

1- A primeira coisa a ser observada é o vento e sua direção, lembrando que o barco não anda de cara pro vento, portanto a primeira providência é que o barco esteja um pouco fora do ângulo exato do vento
2- deixe a vela solta até panejar, ela vai panejar alinhada na direção do vento, se o barco está um pouco fora do alinhamento do vento a vela vai panejar meio de lado e não alinhada no sentido longitudinal do barco
3- Mantenha o leme reto, fazendo com que o barco anda pra frente e não faça curvas, observe um ponto, uma referência ao longe alinhada com o barco de forma que vc possa se guiar
4- Vá caçando (puxando a cabo que controla ela - a escota)  a vela até que ela pare de bater, este é o ponto onde o barco deve andar, pois a vela vai gerar aquela força que falamos sobre o princípio da asa do avião... pronto vc já está velejando

Deste ponto em diante vc deve EXPERIMENTAR, é como se fosse um trabalho de pesquisador (recomendo que vc veja o anime Como Domar seu Dragão), experimente e veja o resultado...por exemplo:

1- mantenha o rumo na direção ao longe que vc fixou como referência e experimente afrouxar um pouco a vela, perceba que a partir de certo ponto ela paneja, pois a vela ficou na direção exata do vento, então basta caçar um pouco pra ela encher e o barco voltar a andar...
2- mantenha a vela caçada onde está e guine um pouco o leme na direção de onde o vento tá soprando, a vela vai panejar novamente, pois ao girar o barco o vela acabou por entrar no vento, e a depender de quanto vc girou a vela poderá mudar de bordo, saindo de boreste pra bombordo, ou vice-versa. Ah! cuidado com a cabeça!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! a depender do barco e da força do vento a retranca vem com uma força danada pro outro bordo!!!

Peça pro seu Comandante uma "pilotada", a depender do barco e do vento não deverá ter riscos ao barco e aos tripulantes, eu costumo fazer isto com pessoas que querem aprender; quando as condições são seguras eu costumo dar o leme na mão e dizer: vai!!! pode fazer o que quizer que nada de grave vai acontecer.... só lembrando que NÃO se deve dar o comando de uma embracação à pessoa que não possua habilitação, vc poderá estar em sérios apuros com a Capitania!!!!

Como vocês sabem isto aqui não é um tratado de navegação e nem pretende ser, mas é melhor do que vc ir totalmente cru pra uma aula prática.

Só pra lembrar algumas coisinhas importantes:
1- barcos à vela SEMPRE inclinam um pouco, caso vc se desespere não exite: entre na linha do vento  que a vela vai panejar; não se preocupe com o barulho...rsrsrs!
2- velas caçadas demais adernam (inclinam) o barco ainda mais, experimente afrouxar um pouco a escota, se a vela panejar caçe um pouquinho apenas
3- pense SEMPRE em 3D (3 dimensões) o barco a vela tem uma quilha, portanto: cuidado com a profundidade abaixo do barco), tem uma retranca que pode abrir mais do que a largura do barco (cuidado pra não ficar enganchado no cais ou varrer as pessoas), o barco tem um mastro, portanto cuidado com lugares baixos tipo pontes ou locais que tenham fiação elétrica
4- se o vento estiver acima da tua capacidade de controlar o barco não exite, chame o comandante ou rize as velas, ou seja: diminua a área vélica

Jamais se esqueça de 1 coisa: experimentar!! A coisa mais importante que a natureza deu ao ser humano é a capacidade de escolha, não tenha medo, mas PENSE!
Você vai perceber que velejar é só uma questão de percepção!!!
Grande Abraço!!!!

16/02/2012

Vela 2

Já vimos que o vento gera uma força quase perpendicular na retranca vista de cima  (travessão horizontal que pode acertar a cabeça de alguém no convés) tal qual uma asa de avião em pé no barco, mas é preciso saber posicionar a vela para que estas forças atuem a seu favor, do contrário ela ou vai ficar panejando (sacudindo pra lá  e pra cá no vento) ou ela vai ficar esticadinha toda caçada (retesada), mas o barco não vai sair do lugar...
 Quer dizer: ele vai andar pra trás sendo arrastado pelo vento, ou vai inclinar muito (adernar) porque o vento está batendo chapado na cara da vela.
O vento deve entrar pela parte da frente da vela (bordo de ataque, lembra?) pra ter o efeito que queremos, deve entrar de tal forma que a vela não fique panejando. Credo! como é difícil explicar isso em texto... melhor é marcar uma velejada...rsrsrs! mas vamos nessa! Veja se os desenhos ajudam a entender como temos que posicionar a vela em relação ao vento e em relação ao rumo que queremos no barco. Às vezes nos surpreendemos com a direção que o Comandante impõe ao barco, parece que velejadores gostar de ir nas direções mais improváveis de seu destino...
Às vezes isso não é possível ir direto onde queremos chegar porque a direção que queremos seguir é EXATAMENTE na direção de onde o vento sopra, neste caso temos que dar um desconto e ir mais pra cá ou mais pra lá, e lá na frente fazer outro zig zag, um veleiro anda “quase’ contra o vento mais não anda exatamente contra o vento, a vela paneja (lembre-se disso).
É preciso sempre gerar aquele efeito de asa de avião, lembra-se? É este efeito que deve ser dado à vela e ao rumo do barco considerando a direção do vento; o vento deve entrar sempre (ou quase sempre) na parte da frente da vela para gerar a baixa pressão na parte de trás do “pano”. Dissemos quase sempre porque com o vento vindo de popa as velas ficam mais abertas recebendo o vento em toda sua área de forma a serem empurradas pra frente.
Fizemos um desenho aqui da vela e suas partes, pelo menos algumas para se ter idéia dos nomes de cada pedaço dela. Quando  falo da parte da frente da vela me refiro à Testa da vela, é por onde o vento normalmente entra quando não estamos com vento de popa... veja a figurinha aki...
Bem, vamos devagar, vou construir um mapa situacional (gostou do termo?rsrsrs!) pra exemplificar o posicionamento da vela, do vento e do rumo do barco pra melhor entendimento, mas vou precisar desenhar, o que significa que é tarefa árdua....então fica pra semana, afinal amanhã já é carnaval... a julgar pelos blocos da semana passada acho que já começou... rsrsrsrsrs!!!
Bom carnaval a todos, divirtam-se e cuidado nas estradas e no mar, lembrando que a segurança está acima de tudo
Um Grande Abraço!!!!

12/02/2012

Vela 1

Bem, cambamos pra bombordo...
agora vamos cambar pra boreste...
Vamos falar um pouco de vento e como fazemos com as velas... independente de barco a motor ou de um veleiro é sempre bom entender um pouco de vela, ois pode ajudar a se deslocar quando estiver em apuros, o que neste caso vai significar usar um lençol, um toldo ou algo que faça com que teu bote se desloque... espero que nunca precise deste conhecimento nesta situação.

A mecânica é simples, novamente não vou me ater aos princípios físico-químicos e quase quânticos na explicação, a ideia (idéia não mais acento...rsrsrs)  aqui é ser o mais prático e simples possível, mesmo que o exemplo fique meio grosseiro, pra desconforto de alguns catedráticos...rsrsrs! Nada pessoal hein?!!!
A vela de um barco funciona como se fosse uma asa de avião só que na vertical (às vezes nem tanto na vertical assim, pra desespero da minha tripulação). No avião a asa tem um formato, digamos, plano na parte inferior e curvo na parte superior, sendo mais grosso na parte da frente (aeronautas chamam bordo de ataque) e mais fino na parte de trás.
Algo mais ou menos assim exagerando um pouco a proporção e dando um desconto aqui pro péssimo desenhista... rsrsrs!








A função da asa do avião é sustentar a aeronave no ar (não estou considerando os Caças que tem uma asa cujo maior objetivo é cortar a resistência do ar), se o motor desligar ele deve planar o mais que possível. Então vamos imaginar o comportamento do ar quando a asa corta o vento, imagine 2 partículas de ar na frente da asa, no bordo de ataque, ao se deslocar as duas partículas vão fazer caminhos diferentes: uma vai pela parte de cima da asa e outra vai por baixo. Ao final da asa, as duas partículas de ar chegarão ao mesmo tempo no final da asa (bordo de fuga). Percebe-se pelo desenho que a partícula de ar que se desloca na parte de cima da asa vai percorrer um caminho maior do que a partícula que se deslocou pela parte de baixo, entretanto as duas chegam ao mesmo tempo no final da asa; este fenômeno acarreta em que na parte de cima da asa será gerada uma pressão menor que na parte de baixo da asa.
Se na parte de cima da asa temos uma pressão menor que na parte de baixo então todo o conjunto (a asa) vai tender a se deslocar pra cima, no sentido da direção da baixa pressão;  isso faz com que o avião tenha a tendência de subir, a asa empurra o avião pra cima.








Coloque agora esta asa na vertical dentro de um barco, com a parte mais “gorda” pra frente (na proa) e a parte mais fina na popa.



Agora vamos também trocar o nome de asa para vela, mas o efeito é o mesmo, o vento entrando na “cara” da vela vai fazer com ela se desloque no sentido da parte mais longa da curvatura, vai fazer com que o barco se desloque de lado se a vela estiver quase no mesmo sentido longitudinal do barco. Veja esta figura horrível abaixo... (a vela ficou muito fechada, desse jeito o barco nem anda pra frente.... putz! depois melhoro o desenho, o importante é entender a essência)


Para que o barco não saia andando de lado colocou-se uma placa grande e chata no fundo, a quilha, para que com a pressão da água ele não se desloque de lado... a resultante destes vetores de força, fazendo a derivada do momento e dividindo pela integral tripla do tamanho em milímetros da quilha...kkkk!!!! a resultante da vela fazendo força pro barco andar de lado e a quilha fazendo com ele NÃO ande de lado, é um movimento pra frente, ou quase isso!!!!!
Mas o que fazer com a vela no vento de forma que o barco ande pra onde queremos???
No próximo eu falo mais algumas coisas... vou precisar desenhar... e isso não é meu forte...rsrsrsrs!!!
Só pra lembrar: tudo que escrevemos aqui, neste e em outros "post" são ao máximo simplificados para um entendimento fácil, vez por outra alguém faz uma crítica (construtiva é claro) que "a coisa" não é bem assim... isso aqui é como um tira gosto..vai comendo...comendo e no fim experimentou de tudo e conhece pelo menos o sabor de cada "coisa"...rsrsrs!!!!
Grande Abraço e um Abraço Grande!!!!

02/02/2012

Velejadores

Vamos cambar um pouco pra bombordo...

Velejadores....



Velejadores são criaturas de vários braços e um par de pernas que se deslocam rápido, mas de uma só cabeça;
parecem que por terem uma só cabeça só pensam em uma única coisa...
Velejadores são criaturas, mais do que octópodes, braços vários pra fazer variadas coisas, puxam cordinhas, cabinhos e cabos e, frenéticos, se lançam de um lado pro outro, pendulam, se debruçam e sempre parecem sedentos: gritam: água!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! água!!!!!!!!!!!
Velejadores são criaturas inquietas, a depender do vento não se acostumam a seguir uma reta, fazem zigue, zague, zigue, zague; como se não fosse o suficiente apenas chegar em algum lugar...
Velejadores são criaturas curiosas, estão sempre a olhar pros lados, um lado e outro; e como se não bastasse, olham pra cima; e como se não bastasse, olham pra cima irriquietos, de outro ângulo e pra outro lugar....
Velejadores são criaturas anfíbias, outros não, parecem que gostam de água mas sempre estão acima dela feitos peixes voadores que querem beber do vento e experimentar o ar de bolhas sem água
Velejadores? Somos criaturas eólicas, se não fosse o vento seríamos pó, que se esvai da mão e não desenha no vento uma forma, ou um verso, teimando em não traçar um sentimento escondido de asa, um sentimento escondido de peixe...
Velejadores, somos, criaturas de céu e de nuvem, mas só quando tem muitas nuvens, vigias de tufos de água vaporizada, eternos guardiões das tempestades...
Velejadores? Bebem o vento invisível, e como criaturas de vários braços e uma só cabeça, parecem que sabem ler no mapa do mar a direção daquilo que tentam beber quando de espelhado no azul quase translúcido se confundem sem nuvens...
Velejadores? Somos criaturas de vários braços, mas na realidade não pensamos em uma única coisa, todas as coisas pensamos e, de todas as coisas bebemos no indizível porque , velejadores somos, criaturas de vários braços, uma única cabeça e uma coisa enorme, materializada num só CORAÇÃO!!!!!!
Velejadores, todos, comandantes, proeiros e náufragos por si só; Bons Ventos nos levem... e nos tragam